sexta-feira, 15 de março de 2013

Friday&Books: A Culpa é das Estrelas

Editora: Intrínseca 
Número de Páginas: 288 
Autor: John Green 
Nota: 5/5  
Se você vem me acompanhado no Twitter deve ter reparado os meus surtos psicóticos de como eu amei esse livro. Para fechar 2012 com chave de ouro, esse foi o último lido no ano. O último e o que acabou se tornando o meu favorito.
É muito estranho saber que cheguei a essa conclusão - não que você tem que chegar em uma conclusão, porque você não chega e sim, sente. Antes de ler A Culpa é das Estrelas, nunca consegui de fato, escolher um livro favorito a não ser claro, minhas sagas e trilogias que sou fã. Mas por se tratar de mundos totalmente diferentes, não acho justo comparar coisas tão distintas assim.

Antes de compra-lo, como faço na maioria dos livros que vou comprar, procurei ler uma resenha e acabou me deixando com um pé atrás. Fiquei com medo de ficar triste depois de lê-lo (sim, sou daquelas covardes), já que só de ler a sinopse percebe-se que não da pra ter expectativas de um final totalmente feliz como nos contos de fadas. Mas acabou superando exatamente todas as minhas expectativas.
A história começa quando Hazel Grace, uma paciente terminal de câncer, vai para um grupo de apoio de crianças que sofrem da mesma doença, com o propósito de sair de sua 'depressão constante'. Nisso, ela acaba conhecendo Augustus Waters, a razão pelo o qual ela acaba humildemente agradecida por sua pouca quantidade de infinito recebida. E por fim, mas não menos importante, temos o Isaac um garoto que também faz parte do grupo de apoio que acaba ficando cego dos dois olhos e tem um humor incrivelmente aguçado.

O mais interessante é que John Green - autor do livro - conseguiu fazer com que você sentisse tudo o que Hazel sentiu sem até mesmo ter presenciado qualquer coisa parecida. Mesmo que você não consiga se identificar com qualquer personagem você consegue se conectar com ele. Outra coisa, é o amor de Hazel com o Gus que era simples, puro e totalmente sincero. Melhor do que qualquer casal protagonista da novela das oito.

um curto gif pra mostrar mais uma vez que não fui a única hehe
Eu amei desde cada personagem até os 'objetos' fictícios criados sendo assuntos para muito dos diálogos, como por exemplo, Uma Aflição Imperial. O livro pelo qual Hazel é totalmente fascinada em saber o final, já que ele termina no meio de uma frase. Também podemos perceber não só nos objetos fictícios (não são todos objetos, leve isso ao pé da letra, você vai entender quando ler) mas também em várias outras coisas - como por exemplo os nomes dos personagens . Sempre que puder, você vai encontrar uma razão, tanto inteligente quanto simbólica, para cada uma delas. É como se John encontrasse uma forma de esconder características e feições da história por trás de nomes, livros, bandas e outras coisas mais. (Ainda vou fazer um post sobre todos os significados escondidos pelo livro).

Na capa do livro, lemos uma pequena crítica que diz: "Você vai rir, vai chorar e ainda vai querer mais". Não posso fazer nada mais do que assentir, mas por um outro lado a parte do "e ainda vai querer mais" nunca coube a mim concordar. Enquanto lia o site do livro, percebi que Green e eu temos o mesmo pensamento em comum. Quando ele é perguntado sobre a continuação, por exemplo, o que acontece com os personagens depois que acaba o livro, ele simplesmente jura que não sabe e ainda complementa dizendo: "[...] minhas especulações não valem mais e nem são mais autênticas que as de ninguém. Os livros pertencem aos seus leitores! Tome posse dele! Faça com que ele seja seu!". E foi exatamente o que pensei ao querer saber sobre o futuro dos personagens. Foi como se eu mesma quisesse continuar a história apenas na minha cabeça e não compartilha-la com mais ninguém. Foi como se A Culpa é das Estrelas, fosse o meu Uma Aflição Imperial.

Eu gostei tanto desse livro que quando as pessoas me perguntam sobre ele, mal consigo falar direito sobre. Tem um trecho em que Hazel fala sobre UAI e me imaginei falando a mesma coisa sobre A Culpa é das Estrelas:
"Meu livro favorito era, de longe, Uma Aflição Imperial, mas eu não gostava de falar dele. Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam." Página 36/37 
Apesar de ter final um tanto triste e até mesmo o que podemos considerar trágico, A Culpa é das Estrelas é um livro brilhante, cheio de sarcasmo, marcante e devastador. Melhor do que qualquer contos de fadas e assim como é dito no trecho acima, eu me convenci de que esse mundo despedaçado só vai se tronar inteiro de novo a mesmo que, e até que, todos os seres humanos o leiam.

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